Resenha do Livro Cujo


Grupo 2 –  Suspense/ Terror/ Mistério
Uma história que provoca “raiva”
Fernando Rocha dos Santos
Cujo - Stephen King


Obra norte americana, escrita em 1981 pelo renomado escritor S. King.

A escolha deste livro se deu pelo fato de a sinopse do mesmo causar um sentimento de curiosidade, no qual não se sabe ao certo se a história trata-se de algo sobrenatural, quando refere-se ao “fantasma” de um serial killer, ou simplesmente de um cachorro “assassino” portador de hidrofobia. Contudo, ao decorrer da leitura, isso fica nitidamente explicado. Levando em conta os temas suspense, terror e mistério, proposto pelo grupo, nada mais plausível, do que escolher um livro de horror clássico que leva o leitor a se envolver com o enredo, ao passo que atende aos requisitos da proposta supracitada.

A história se passa em uma pequena cidade do interior do Maine EUA, em um cenário altamente dinâmico, onde vários personagens, mais especificamente os integrantes de duas famílias (os Trentom e os Camber) têm suas narrativas contadas separadamente até certo ponto, que tudo se interliga para o clímax e desfecho da obra. Todavia, o personagem de maior enfoque é um cachorro da raça São-Bernardo, que de início, é dócil e afagoso, até ser mordido por um morcego contaminado por hidrofobia, e passa a ser portador da “raiva canina”, mudando totalmente seu temperamento devido a degeneração causada pela doença, e acaba matando várias pessoas.

Por ser um livro escrito em capítulo único, às vezes, ao decorrer da leitura, se torna um pouco enfadonho, o que não interfere tanto, pois é compensado pela curiosidade de saber sobre o desenrolar da história, devido à mudança de cenário entre os personagens. Para melhor explicar, é como se três situações estivessem acontecendo no mesmo tempo cronológico, porém contadas por partes, em que há pausa de uma, para dar-se continuidade às demais, e quando chega em determinado momento que o leitor pressupõe que algo impactante irá acontecer, a história dá um pause, e a outra é continuada, até o momento em que as três envolvem-se intrinsecamente.

O ponto auge, é em torno do sofrimento de dois personagens que ficam durante quase toda a narrativa, presos em um carro (corcel) por estarem encurralados pelo cachorro assassino e a indecisão de ir ou não confrontar o animal, antes que morram de fome, sede, ou calor. O desfecho é surpreendente, ao passo que o clichê esperado pelo leitor de que todos os “mocinhos” serão resgatados salvos, acaba não acontecendo e mais uma morte é acrescida na história.

Por envolver animal, criança e sofrimento, chega a causar uma espécie de angustia ao se envolver com o foco principal. Esse sentimento é tão marcante que em determinado momento, se converte em raiva por o autor adiar tanto o desfecho. Todavia, várias outras histórias coadjuvantes tornam o livro ainda mais interessante.

Nota do leitor: Amo cachorros na vida real, porém, no desenrolar do livro, senti muita raiva de Cujo, mesmo entendendo sobre sua situação. A forma com que ele faz os personagens presos no carro sofrerem, induziu-me a esperar ansiosamente por seu desfecho.

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