Resenha do livro - Nas Montanhas da Loucura


Grupo 2 – Suspense/ Terror/ Mistério
Um mundo desconhecido na própria terra
José Júnior
Nas Montanhas da Loucura – H. P. Lovecraft


            Este é o terceiro livro do Lovecraft que leio e a sensação é semelhante a dos outros livros: um mistério que se desenrola até o ápice.  
            Uma equipe de pesquisadores inicia uma viagem até o continente antártico para analisar uma área ainda desconhecida pelo mundo. Semelhante aos outros livros que li do autor, este se passa em primeira pessoa, narrado pelo Dr. William Dyer, um dos sobreviventes, relatando os acontecimentos aterrorizantes e as descobertas que aconteceram nessa expedição.
            O livro é basicamente descritivo, descrevendo praticamente tudo o que é descoberto pelos personagens. A base da narração é um mistério que se inicia ao encontrar uma parte do grupo esquartejada e, a partir daí, seguirem para dentro das montanhas da loucura em busca de respostas.
            Em uma das falas, o narrador coloca: “No geral, o espetáculo era marcado por uma sensação persistente de mistérios espantosos e revelações possíveis; como se aqueles coruchéus rústicos saídos de um pesadelo fossem as pilastras de uma terrível ponte em direção a esferas proibidas de sinhô e a abismos insondáveis do tempo, do espaço e de dimensões remotas”.
            Dentro das montanhas as descobertas se tornam ainda mais assustadoras, pois começam a revelar a presença de uma sociedade com inteligência que viveu na terra antes da raça humana existir. Tal sociedade mantinha uma organização social e produzia arte. O narrador costuma usar a unidade de medida de tempo “éons” para afirmar que tais criaturas eram (ou são?) realmente muito antigas e de outro planeta/dimensão.
            O livro se torna um pouco cansativo por ser uma grande descrição de tudo o que o narrador encontra, a meu ver, começa a melhorar quando a descrição é direcionada aos seres cósmicos que eles buscam. Em vários momentos, tais descrições levam alguns dos personagens a questionarem a própria sanidade.
Ao encontrarem uma cidade muito antiga dentro dessas montanhas, eles começam a perceber que existe um mundo muito antigo escondido em locais da nossa própria terra, e que estes deveriam continuar escondidos para o bem da humanidade.
Este livro se concentra muito mais no terror especulativo do que propriamente no terror físico (apesar de ainda existirem cenas que remetem a este tipo)
            É necessário paciência para chegar ao momento que o terror começa a se desenrolar, por isso, acredito que é um livro indicado para quem já leu outras obras ou contos menores do autor. Ainda porque faz referências a outras entidades e seres de sua literatura (e da literatura de Poe).

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