RESENHAS DO GRUPO: O LIVRO QUE VOCÊ ESTÁ LENDO

 

Livro: Os Irmãos Karamázov

Autor: Dostoiévski

Resenhista: Ellen Thayne de S. Leal



Com a liberdade que a temática do grupo disponibiliza, escolhi como aluna e grande fã do autor, um dos maiores clássicos de Dostoiévski: Os Irmãos Karamázov. Obra que já havia atiçado a minha curiosidade por comentários de grandes nomes da literatura e psicologia, como Sigmund Freud, o pai da psicanálise.

O livro, pela voz de um narrador anônimo que se faz presente com opiniões e comentários,

narra a história de uma família russa disfuncional, com grande foco no desenvolvimento dos personagens e seus comportamentos durante conflitos sobre fé, livre-arbítrio e a natureza humana, em especial diante do assassinato do patriarca Fiódor Pávlovitch, onde seus filhos simbolizam as facetas do ser humano: paixão, razão e espiritualidade.

A composição instiga o leitor a entrar com profundidade nos estereótipos complexos das personas, e a explorar com eles, a profundeza da alma humana com todas as suas questões naturais e seus dilemas com intensos debates morais e niilistas.

O principal sentimento que me despertou foi a curiosidade, onde a cada novo monólogo e

durante as profundas discussões, representam não somente os meus pensamentos, como também situações que nunca me pusera a refletir sobre. Apesar de ter sido publicado em 1880, muitas das suas questões são visivelmente atemporais, continuam sendo recentes e modernas apesar do longo período que já se foi passado.

Me vejo na posição de aplaudir e reconhecer a complexidade dos temas que são tratados com tanta simplicidade e delicadeza. Assim, me atrevo a recomendar a leitura desse clássico para aqueles que buscam uma leitura profunda, que desperte todo o interior de sua alma e lhe tire da zona de conforto.



Livro: O Efeito Frankenstein

Autor(a): Elia Barceló

Resenhista: Sabrina de Sousa


A escolha deste livro foi influenciada por conta de um filme, chamado “Lisa Frankenstein” que tem a mesma temática do livro que escolhi, com o personagem Frankenstein voltando dos mortos, porém em uma época diferente. Escolhi “O Efeito Frankenstein” também por querer uma história que eu já tinha visto, só que com uma narrativa um pouco diferente, queria algo um pouco gótico, talvez. E como o tema do grupo em que me inscrevi me deu total liberdade para escolher um livro, ele foi quase a perfeita escolha.

O livro conta basicamente a história da Nora e de Max, duas pessoas de séculos diferentes que se encontram em um estado de terror, mas que se apaixonam mesmo assim, enfrentando as dificuldades de suas épocas, já que Nora é do século 21 e Max do século XVIII. Nora é estudante de medicina dos tempos atuais e Max do século passado, e os dois só se encontram por conta da tentativa de assassinato que acontece a Max e por alguma razão ter feito ele ter sido mandado para o futuro todo costurado e sem nenhuma memória, só de seu nome. Nora quer ajudar Max, e acaba se envolvendo na história dele e também na sua época e acaba se fingindo de homem para ingressar ali na sociedade machista.

Conforme minha leitura, eu sentia um certo estranhamento pela forma como os personagens eles reagiram a tais acontecimentos tão anormais, como a viagem no tempo e um morto voltando a vida, me incomodou bastante os próprios protagonistas, como se a autora quisesse fazer com que o romance deles fosse explicado só pelo motivo de terem se encontrado, o que para mim não fazia o menor sentido.

Eu sou do tipo que gosta de romance de época, mas que tenha alguma coisa sobrenatural, ou fantástica que esteja acontecendo de fundo, e este livro me deu pouco do sobrenatural de certa forma, acho que pela tranquilidade dos personagens, mas a ambientação ao século XVIII em meio a Revolução Francesa que o livro costuma citar, foram bastante interessantes.

Enquanto lia, eu sentia uma certa saudades de livros românticos assim, já havia lido “Perdida” da Carina Rissi, com a temática de viagem no tempo e também “A Canção de Monalisa” da Helena Gomes com a mesma pegada, que são de autoras brasileiras e acho que só uma brasileira sabe escrever bem uma viagem no tempo, já que senti uma certa estranheza com a forma que os personagens falavam suas gírias de época, de forma forçada e não natural, diferente das outras obras que já li onde tudo se encaixava e fazia sentido.

O livro é bom, bem escrito mas acho que ele não se leva tanto a sério por ser uma classificação menor, mas um bom exemplo disso que dá sim mesmo sendo para crianças e adolescentes é o próprio livro que mencionei “A Canção de Monalisa”, que você sente uma seriedade ali, enquanto “O Efeito Frankenstein” só quer ser mais um romance bombado do TikTok, como vários outros, falta desenvolvimento de romance, de personalidade, eu não sinto dó de personagens que eu mal conheço, que é o caso dos protagonistas, você não os conhece direito e não consegue se conectar de forma profunda.

Normalmente não levo muito em consideração o romance, e sim a história de fundo, mas senti que neste livro o que eles queriam era enfiar o romance dos dois na minha goela, e nem a história de fundo não me pareceu forte o suficiente para me interessar como foi no filme “Lisa Frankenstein”, claro, são formatos de histórias completamente diferentes.

Talvez eu só tenha ido a ler com uma grande expectativa e acabei me decepcionando mesmo.

Eu recomendaria, mas apenas se alguém me pedisse algo nessa temática, e não por ter gostado muito dele. Eu daria para este livro um 8/10.




Livro: Percy Jackson e o ladrão de raios


Autor(a): Rick Riordan

Resenhista: João Gabriel Cristalino Costa Santos 


Conheci o livro a pouco tempo, pela internet, a série foi lançada recentemente por causa disso minha "FY" estava cheia de menções da Franquia então decidi lê-lo e tomei gosto. Por ser um tema amplo (e porque foi a única saga que eu li nesse ano) decidi falar dele.

Percy Jackson, Filho de Poseidon com Sally Jackson, é um garoto disléxico e TDAH que descobre ser filho do deus dos mares durante... Uma série de eventos... Como posso dizer? Eh... Apocalípticos. Sua mãe foi aparentemente morta pelo minotauro e o rei do Olimpo o acusava de roubar sua arma divina, o raio mestre, ele então parte em uma jornada até o mundo inferior... que fica na... Califórnia?! Ah, pelo jeito esqueci de pontuar os deuses moram nos EUA agora, Rebobinando, Junto de Annabeth, filha de Athena, e Grover, um sátiro. No Final, descobrem que esse é só o começo de uma série de eventos orquestrados por uma força mais primordial, Cronos, titã/deus do tempo.

O livro mexeu comigo. Toda obra que leio tenho o hábito de me imaginar nelas, não no lugar de personagem X ou Y, mas como se eu fosse um personagem próprio que interage com o cenário, com os personagens e com o enredo, por isso esse livro foi como uma experiência real.eu realmente me desconecto da realidade nas minhas leituras.

Para concluir vamos à sabatina. Eu estava lendo Filho de Netuno o 6º livro da série, mas pra entendê-lo é preciso saber do começo. A lição foi que eu preciso de uma cabeça de Medusa. Recomendaria claramente posto que foi minha obsessão por 4 meses e sim, valeu super a pena ler esse livro.


"Seu único limite é a mente" - Autor desconhecido



Livro: Dandadan 

Autor(a): Yokinobu Tatsu

Resenhista: Francisca Gabriela Benavenuta da Silva Rodrigues


Trata-se de um mangá que vai contar a história de Okarum (protagonista viciado em aliena) e Momo Lase (segunda protagonista viciada em espíritos) eles se encontram na escola e tem uma discussão sobre quem está certo e errado então dai eles fazem um acordo que se um encontra o que o outro falou um estaria certo 

Nessa o Okarum vai para um túnel e lá encontra a velha Turbo e lá ele é amaldiçoa, o perdendo suas espadas, enquanto a Momo acaba sendo sequestrada por alienígenas e quase é morta por eles, mas o Okarum chega e a Momo desperta poderes paranormais.


Livro: Um Mundo em Versos

Autor: José Paraguassú

Resenhista: Renata Freitas de Oliveira



O livro ‘’Um Mundo em Versos”, do escritor florianense José Paraguassú foi lançado em 2023 como publicação independente pela editora UICLAP. Nesta obra, o poeta do sertão nos presenteia com um telurismo poético singelo, e por isso de rara beleza. São 99 poemas que abordam temas diversos e cotidianos, por meio dos quais o poeta verseja sobre um mundo em construção, evidenciando, pois, o seu interesse pelos espaços rurais e pela paisagem urbana, pelos temas sociais, bem como pela relação entre o indivíduo e a sociedade que o rodeia.

Enquanto lia muitos destes poemas, lembrava-me insistentemente de Alberto Caeiro, o guardador de rebanhos, heterônimo de Fernando Pessoa, sobretudo, do poema ‘’Da minha aldeia vejo quanto da terra”, do qual destaco alguns versos:

‘‘Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo...

Por isso a minha aldeia e tão grande como outra terra qualquer

Porque eu sou do tamanho do que vejo

E não, do tamanho da minha altura...

Nas cidades a vida é mais pequena

Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.’’

Assim como Caeiro traz a perspectiva do eu-lírico sobre o mundo ao seu redor, ressaltando a conexão com a natureza, e utilizando-se de uma linguagem simples e direta, que transmite ao leitor seus sentimentos, reflexões e observações, Paraguassú também o faz, revelando uma sabedoria que transcende as complexidades da vida humana.


‘’O que é o mundo?

O mundo é uma imensidão

Que ninguém sabe definir

Que começa na chegada

E acaba no partir.’’

Em seus versos pulsantes e de tão grande sensibilidade, o poeta florianense mostra-se capaz de um fazer poético universal, sem, contudo, distanciar-se do seu lugar, de exaltar as suas origens e as suas raízes ancestrais. Não obstante, consegue transitar facilmente sobre questões culturais, políticas, ambientais, filosóficas e espirituais e amorosas. Uma literatura que se faz engajada, mas sem perder o lirismo.

Recomendo a leitura de ‘’Um Mundo em Versos’’ e ratifico quão necessária, humanizante e transformadora esta pode ser na vida de qualquer leito(a).


 


LIVRO: Antes que o café esfrie 2
AUTOR: Toshikazu Kawaguchi
LEITORA: Aurilene Araújo da Costa


Antes que o café esfrie 2 nos lembra sobre a gratidão, amor, perdão e, sobretudo, saber ouvir e falar, ou seja, comunicação certa.

A primeira história é de dois amigos em que um ajuda o outro que está na rua porque perdeu tudo e o que ajudou é casado e tem uma filha, porém, morre ele e a esposa deixando uma filha bebê que é criada com muito amor pelo amigo que fora ajudado por eles. 

A menina cresce e vai casar sem saber que o seu pai não é o verdadeiro. Ele não pode mais guardar essa informação, então, decide voltar ao passado para se encontrar com o pai biológico dela e fazer um vídeo dele para ela. No encontro dos dois, há uma enorme crise de choro de amor e gratidão, e lealdade.

Na segunda história, conhecemos um filho que não pode ir ao velório de sua mãe porque não tinha dinheiro para passagem. Depois de um tempo, ele resolve ir até o café para voltar no tempo e se encontrar com a sua mãe que estava com os dias contados por causa de um câncer e lhe entregar o dinheiro que ela havia lhe dado, no intuito de que ele seja útil para o seu tratamento. Há muito choro e declarações.

A terceira história é sobre um casal de namorados apaixonados. Ele descobre que talvez só tenha seis meses de vida, então, chama a sua melhor amiga que também é amiga de sua namorada para lhe fazer um pedido: que dali a dois anos e meio ela leve a sua namorada para o café, caso ele tenha morrido e ela não esteja casada. Ele vai para o encontro e, nos últimos segundos, ela aparece no café com uma falsa aliança de casamento. Ele fica feliz e deseja o mesmo para ela.

A quarta história nos deixa uma grande reflexão. Um senhor de 60 anos de idade aparece no café para voltar 30 anos no tempo e entregar um presente para sua esposa que está de aniversário. Ele nunca lhe dera um presente. No dia em que ele quer voltar, foi o dia que ela morrera e ele se culpa por não ter ido ao encontro dos dois. Ele volta no tempo e tem muitas descobertas. Ela chora ao receber o presente por ter pensado que naquele dia ele iria se separar dela, coisa que ele jamais pensara em fazer.  No final ele nos faz refletir sobre o fato de não conhecermos o coração da outra pessoa

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