Resenhas do Grupo Clássicos da Literatura

 

Livro: Razão e Sensibilidade, Jane Austen

Joelyne Alves de Oliveira


Razão e Sensibilidade, para mim, é muito além que uma simples história de romance. Isso porque, os romances de Jane Austen são interessantes, cômicos, complexos e, acima de tudo, realistas. É nítido que o amor entre os personagens nasce por uma construção. Uma revolução moral. Um amadurecimento psíquico. E isso não deveria ser diferente da realidade.

A trama gira em torno das irmãs Elinor e Marianne. A primeira, discreta, contida e ponderada, é a personificação da razão; a segunda, romântica, imaginativa, artista, representa a sensibilidade no seu mais alto grau.

Uma, mais madura e sábia que a irmã mais nova, era perspicaz e analisava friamente cada situação. Muitas vezes, se tornava a responsável por sua mãe e irmãs. Ela tem consciência de sua inteligência e, no fundo, orgulha-se disso. Entretanto, torna-se fria e  reclusa. Não se permitia viver novas experiências. Não se permitia ter leveza.

Não se permitia perder o  medo - medo de amar.

A outra, sente todas as emoções intensamente, e com a mesma intensidade as demonstra. Tem um julgamento precipitado do caráter das pessoas - e se vangloria disso, principalmente quando se trata dos homens. Aqueles mais letrados, apreciadores de poesia, música e literatura, são considerados o pretendente perfeito, como Willoughby, por quem se apaixonou perdidamente já no primeiro contato.

Lendo o livro percebi em mim o comportamento de condenar Marianne por suas atitudes inescrupulosas, por seus julgamentos, por sua soberba por "saber apreciar" uma obra de arte, e a sua vaidade por ler uma poesia com a "entonação que lhe é adequada" - eu confesso que não só esperava, como torci, por sua grande decepção amorosa, que a fez perceber a superficialidade de tais qualidades.

Afinal, quem se provou de maior valor, foi aquele que recebeu suas maiores zombarias e olhares de desprezo. Aquele que provou, sem precisar de palavras enfeitadas, maior caráter e beleza de alma. Ainda que não fosse detentor de toda beleza e conhecimento literário e artístico, foi ele quem despertou o verdadeiro amor em Marianne. Com isso, Marianne passa a enxergar as coisas como de fato são e não como suas emoções a faziam enxergar.

Como leitora, enxergava Elinor como uma fonte de sensatez e de maturidade. E é assim que Jane Austen fez com que todos os outros personagens da trama também a enxergassem. Mas ela só conseguiu amar - e ser amada - quando se permitiu sentir e ser vulnerável. Sair de si mesma e da posição de heroína das pessoas ao seu redor e, finalmente, escrever a sua própria história.

A grande lição da obra é que a verdadeira virtude encontra-se no equilíbrio. A razão e a sensibilidade devem andar em harmonia. Como duas irmãs. Não há verdadeira virtude e felicidade  no excesso, nem mesmo da razão, como muitos podem pensar.

Recomendo este clássico pois, além do realismo, da coerência dos personagens, da narrativa detalhada e cômica, não há uma só palavra fora de lugar. Apesar da previsibilidade de alguns acontecimentos, não é, nem de longe, um romance clichê. Você consegue se enxergar na maioria dos personagens e se percebe, até de forma inconsciente, aprendendo e evoluindo junto com eles, nas suas situações corriqueiras, problemas, desafios e pensamentos mirabolantes. Razão e sensibilidade é, sem sombra de dúvidas, uma verdadeira obra de arte que deve ser, mais do que nunca, apreciada nos dias atuais.

 

Obra: Memórias Póstumas de Brás Cubas

Autor da obra: Machado de Assis

Autor(a) da resenha: Manuela Oliveira

RELATOS DE UMA VIDA PÓS - MORTE

 


Trata-se de uma história iniciada com um autor defunto chamado Brás Cubas (protagonista), no qual ele afirma que a escrita ficaria muito mais interessante assim. Depois de morto Brás Cubas começa relatar sobre a sua vida. De início, ele conta sobre a sua infância, no qual era uma criança muito agitada e esperta. Na juventude, conheceu uma meretriz chamada Marcela, a quem ele descreve na célebre frase: “Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis”. Depois de muito tempo, o narrador tem um romance com Virgília que possui um parentesco com o ministro da corte e casando com ela via-se numa grande oportunidade de tornar-se político. Contudo, Virgília o deixa para casar-se com Lobo Neves, um renomado deputado, porém, Brás Cubas manteve um caso amoroso com ela, visto que ela havia sido seu grande amor na infância.

            Este livro é perfeito para você que gosta da realidade como ela é, justamente porque é uma obra que inaugura o Realismo no Brasil, sai daquela coisa enfeitada, idealizada e perfeita que a nossa sociedade está acostumada. Machado de Assis, o autor dessa obra, traz um diálogo na narração da personagem “Brás Cubas” com o público, além disso é repleto de ironia e sarcasmo do narrador e isso é muito legal e interessante, pois faz com que nós leitores continuemos mergulhando cada vez mais na leitura. Além do mais, nos faz refletir sobre a realidade atemporal que se repete a cada momento da história.

Eu nutri o amor pela essa obra desde a dedicatória “Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas.”,  até o fim “Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria.”, pois além de ser impactante e único, traz um grande ensinamento.

 

 

Livro: O Pequeno Príncipe

Aluno: Arthur dos Anjos Cunha

Esta obra é um clássico que estava muita vontade de apreciar e esta foi a oportunidade perfeita para escolhê-lo.

O Pequeno Príncipe é um livro que fala sobre um garoto que mora em um minúsculo asteroide, no qual ele cuida de três vulcões, algumas mudas de baobás e uma rosa. Ele decide viajar para outros asteroides, onde conhece outros habitantes de outros asteroides, até que ele chega no planeta Terra, no qual se depara com deserto apenas com um homem e seu avião quebrado.

            O livro fala sobre responsabilidade afetiva e também sobre como nós acabamos ficando presos nos nossos próprios “miniplanetas”, e nos isolando do resto, como é mostrado nas partes onde ele conhece outros habitantes de outros asteroides.

            As páginas mais interessantes, ao meu ver, são os diálogos dele com a raposa, pois estes nos mostram como temos a responsabilidade de cuidar das pessoas que cativamos, porque quando cativamos, podem existir milhares seres parecidos conosco, mas ao olhar de quem cativamos, somos únicos.

Esse livro mexeu comigo de milhares de formas diferentes, pois fiquei impressionado como uma simples história aborda tantos temas importantes em poucas páginas.

 

Descobrindo novos mundos

Núbia da Silva de Macedo

O pequeno príncipe – Antoine de Saint-Exupéry

            Não tem como falar de clássicos sem esta obra, até porque ela faz parte de nossa infância e possui o charme de ser eternamente maravilhosa ao passar dos anos. Ao percorrer as páginas deste livro, adornadas com as aquarelas do próprio autor, Antoine de Saint-Exupéry, testemunhamos essa amizade improvável. O Pequeno Príncipe me instruiu a enxergar com o coração, a transcender as aparências e a valorizar o que verdadeiramente importa.

"Os olhos são cegos. É preciso ver com o coração." Esta frase ressoa em mim, revelando a verdadeira essência da obra. A cada leitura, somos capazes de extrair interpretações distintas, como se o livro se adaptasse a cada fase de nossa vida.

Descobri que Antoine Saint-Exupéry, o próprio autor, era um piloto que voava durante a Segunda Guerra Mundial. Esta informação confere ainda mais profundidade à obra, pois ele compreendia o temor de perder a capacidade criativa e a alegria da exploração, elementos que verdadeiramente nos humanizam.

Portanto, seja esta sua primeira incursão na leitura ou se você já perdeu a conta de quantas vezes revisitou essa história, prepare-se para se emocionar novamente. O Pequeno Príncipe é um clássico atemporal, que nos recorda da importância de manter viva a chama da imaginação e do amor.

 

 

Livro: O Pequeno príncipe

Autor: Antoine de Saint-Exupery

Ítalo Emanoel

O livro “O Pequeno Príncipe’’ fala sobre principalmente as vivências da vida. No caso, a história se passa quando uma criança vem do seu planeta para a Terra, tentando buscar um sentido para a vida ou somente uma proteção para a sua flor. 

A leitura da obra nos faz refletir muito sobre a amizade entre ele e a criança que ele encontra na Terra também, mas também, sobre o amor, especialmente quando ele encontra Raposa, e ainda nos faz pensar sobre vários tipos de pessoas quando ele viaja para vários mundos.

Nessa experiência ele encontra vários amigos e novas experiências, novos amores e novas amizades, um livro tão poético e filosófico que nos fala tanto sobre o amor.

 

Livro: Senhora

Autor: José de Alencar

Leonardo Henrique


Escolhi esse livro porque me despertou o interesse em conhecer melhor essa história após uma apresentação de um grupo na escola em que relatava sobre o mesmo. Tive curiosidade também em saber como o Alencar desenvolveria essa história.

Aurélia Camargo, personagem principal do livro, era uma moça pobre, tinha perdido o irmão e o pai. Sua mãe, com medo de morrer e deixar a filha desamparada, insistia para que ela ficasse na janela pra ver se arrumava um casamento. Aurélia mesmo à princípio não gostando da ideia resolveu fazer o que sua mãe lhe pedia. Como de fato ela era muito bonita, conseguiu assim muitos admiradores e um grande e único amor, Fernando Seixas.

Fernando vivia com a mãe e duas irmãs, levavam uma vida pobre, pois viviam do aluguel de dois escravos, da costura e da pequena ajuda que ele dava com seu emprego público. Mas ainda assim, Fernando frequentava a sociedade, era ambicioso e almejava uma vida melhor. Ele se apaixonou por Aurélia e decidiu pedir sua mão em casamento, porém logo mudou de ideia, pois sabia que casando com ela teria uma vida pobre e perderia sua liberdade, deixando assim de frequentar a sociedade. Assim o romance entre os dois esfriou. Fernando recebeu uma proposta de se casar com Adelaide Amaral, pois receberia um dote de trinta mil contos de réis. E assim, rompeu seu noivado com Aurélia para ficar com Adelaide.

Neste mesmo período o avô paterno de Aurélia apareceu, mas faleceu logo em seguida, quase ao mesmo tempo em que sua mãe, no entanto seu avô lhe deixou sua rica herança. Aurélia tornou-se uma moça muito rica. Sua tutela foi entregue a seu tio Lemos, que havia cortado as relações com a mãe de Aurélia há tempos. Mas, ela preferiu viver em uma casa com D. Firmina, uma amiga viúva que a tinha amparado quando ficou sozinha no mundo. Fernando viajou para Recife na esperança de escapar do casamento com Adelaide. Aurélia, agora rica, planeja sua vingança contra Fernando. Pagou cinquenta mil contos de réis que devia a muito tempo ao Dr. Torquato Ribeiro, e ele pediu a mão de Adelaide em casamento. Fernando, agora livre, volta ao Rio de janeiro, foi aí então que Lemos, a pedido de Aurélia, faz uma proposta a Fernando de casar com uma moça em troca de cem mil conto de réis, e ele aceita a proposta. Recebeu um adiantamento de vinte mil conto de réis, e quando descobriu que a moça era Aurélia, alegrou-se, pois ele a amava.

Fernando e Aurélia se casaram. No quarto de núpcias, quando o marido se declarou, Aurélia friamente entregou-lhe o resto do dote e disse que agora ele a pertencia, que ele era um homem vendido, afinal ela acabou de comprá-lo. Que como as mulheres precisam de um marido para serem bem vistas pela sociedade, ele estava no mercado e ela o comprou – (essa parte me lembrou uma cena da novela Avenida Brasil em a personagem Nina diz: “A partir de agora você vai me chamar de senhora! E é com a voz aveludada...”) rs. A partir daí os dois passaram a viver um casamento de aparências, dormiam em quartos separados e sempre se tratavam intimamente com sarcasmo e ironia.

Fernando, depois de muito tempo já cansado daquela situação, dedicou ao trabalho de servidor público pois pretendia devolver o valor do dote que Aurélia o pagou. Ele recebeu um dinheiro que havia ganhado através de um investimento e entregou a Aurélia um cheque com o valor que ela havia pagado pelo dote e mais os outros vinte mil contos e disse que agora estava livre, pois havia devolvido o dinheiro com a qual ela havia comprado. Nesse momento Aurélia confessou todo o amor que tinha por Fernando, afirmou que sendo eles agora estranhos o passado havia sido esquecido e assim podiam viver o amor que sentiam. Fernando, ao ouvir tal confissão, beijou sua esposa e assim reconciliaram. Mas ele de repente hesitou, o dinheiro de Aurélia os impedia de se amarem, ela então pegou em uma gaveta um documento, tratava de seu testamento que havia feito no dia do casamento, no qual deixava tudo para Fernando. E então, finalmente eles se renderam e viveram o seu amor conjugal.

O livro é um romance urbano pertencente à época literária do Romantismo no Brasil e é possível observar também algumas características do Realismo e Naturalismo principalmente nos diálogos entre Aurélia e Fernando. É divido em quatro partes: Preço, Quitação, Posse e Resgate, que é como se fosse uma espécie de mercado comercial.

José de Alencar consegue nessa obra fazer uma crítica aos costumes daquela sociedade do século XIX, em que o casamento é tratado como negócio, uma vez que é preciso pagar um dote para se casar e, na maioria das vezes, não envolve amor na relação e que as pessoas vivem de aparências.

O que me surpreendeu foi que Alencar, assumido conservador, defensor da moral e dos bons costumes e até da escravidão, escreveu uma obra como essa em que coloca a mulher em papel de poder, claro que com certas restrições, o livro não é nenhuma revolução feminista, mas ainda assim vemos a mulher como protagonista, com status social elevado – ela é a mais rica da cidade, e que em alguns momentos se discute qual é o papel da mulher na sociedade. Na minha opinião é o melhor livro dele.

Me incomodou um pouco a linguagem do livro, Alencar utiliza muitas figuras de linguagem, muitas metáforas e um vocabulário um pouco mais rebuscado, às vezes com um certo exagero. Mas ainda assim, acredito que Senhora é um clássico da literatura que merece atenção.

 

 

Livro: A Moreninha

Autor: Joaquim Manuel de Macêdo

Francisca Gabriela Benavenuta da Silva Rodrigues

A Moreninha

O livro “A Moreninha conta a história de alguns amigos estudantes de medicina que decidem ir até uma ilha de uma grande família prestigiada e lá eles conhecem a MORENINHA. Felipe um dos protagonistas tem problemas em se apaixonar por meninas, então, ele e seus amigos fazem uma aposta onde se o Felipe se apaixonasse de verdade ele teria que escrever um livro, caso não se apaixonasse os seus amigos teriam que escrever. Assim começa a acontecer algumas coisas ao redor da trama, onde no final ele se apaixona pela Moreninha e acaba escrevendo a história.

Em minha opinião, a história tem uma leitura complexa e seu enredo é cansativo e possui uma narrativa muito requintada.

Não gostei, mas sempre tem alguém que goste, então indico para quem goste desse tipo de leitura.

 

Livro: O Diário de Anne Frank

Renata Freitas de Oliveira


O Diário de Anne Frank é um livro que toca profundamente o leitor, de maneira comovente e singular. Escrito entre os anos de 1942 e 1944, tendo como cenário a Segunda Guerra Mundial e suas mazelas, esta obra póstuma traz os relatos de Anne Frank - uma garota judia, estudiosa e apaixonada por livros - que tinha o sonho tornar-se uma jornalista e escritora famosa.

Ao completar 13 anos, no dia 12 de junho de 1942, a protagonista ganha do pai um caderno de autógrafos, o qual resolve transformar em um diário, dando-lhe o nome de Kitty. A partir do dia 14 de junho do mesmo ano, a adolescente passou a registrar os horrores e todo o sofrimento que vivenciaram durante este período sombrio, como também, a expressar seus sentimentos, dúvidas, incertezas, as poucas alegrias, os conflitos, o desabrochar do primeiro amor, uma fé inabalável no judaísmo, bem como as dificuldades de convivência, perpassando ao leitor, uma atitude de maturidade e resiliência para lidar com tantas adversidades, mesmo sendo tão jovem.

Nos primeiros anos de vida, por volta do cinco anos de idade, Anne Frank vivia em Frankfurt, na Alemanha com sua família. Para escapar da perseguição nazista, após sua irmã ter sido convocada para um campo de concentração, a família Frank - formada por Anne, sua irmã Margot, seu pai Otto e sua mãe Edith - teve que mudar-se para Amsterdã na Holanda, onde seu pai fundou uma empresa.

Com o avanço do antissemitismo, o pai de Anne, assim como outros judeus foram proibidos de gerenciar empresas. Com isso, a família de Anne teve que se esconder em uma espécie de sótão, que ficou conhecido como "Anexo secreto" - um local que ficava atrás do prédio onde o pai dela trabalhava em Amsterdã, na Holanda. Tal esconderijo tinha uma passagem secreta, com uma escada que dava acesso a uma porta giratória disfarçada em forma de uma estante de livros, a qual os levava a um espaço de três quartos, onde passaram a morar.

Por conseguinte, várias leis segregacionistas foram impostas por Hitler aos judeus. Nos relatos de Anne, ela menciona que estes não podiam mais andar de bicicleta, nos bondes ou de automóvel. Imediatamente foram proibidos de ter acesso à cultura e já não podiam ir ao teatro, cinema ou praticar qualquer tipo de esporte, além de só poderem frequentar escolas judaicas, dentre tantas outras atrocidades cometidas durante o holocausto, como utilizar a estrela de Davi para identificá-los.

Dentro de pouco tempo, o pequeno espaço utilizado pela família Frank foi compartilhado com a família van Pels (Hermann, Auguste e Peter, seu primeiro amor) e com Fritz Pfeffer, um dentista amigo da família. Ali viveram cerca de dois anos, com a ajuda de ex-funcionários de Otto, principalmente Miep Gies e seu esposo, Jan Gies, que levavam alimentos, os quais deviam ser racionados, e outros artefatos para as necessidades básicas.

A despeito de todo o caos que a cercava durante o período de confinamento, me encantei com a sensibilidade de Anne, que apesar de tudo escolheu acreditar na bondade das pessoas (‘’Apesar de tudo eu creio na bondade das pessoas”), mantendo viva uma centelha de esperança. Como ela conseguiu suportar viver com sua liberdade tolhida e o mundo desmoronando lá fora? Sempre que era possível Anne ouvia atentamente o rádio. Anne Frank lia bons livros e escrevia. Sim! A leitura e a escrita foram para ela uma válvula de escape, a maneira pela qual ela decidiu enfrentar “um feixe de contradições” que povoavam sua vida. E era assim que conseguia amenizar suas dores emocionais.

Por fim, no dia 04 de agosto de 1944 o esconderijo da família Frank e seus amigos foram descobertos pela Gestapo (polícia secreta da Alemanha) e todos foram forçados a ir para o campo de concentração de Westerbork, exceto Otto, que escapou por ter sido enviado para um hospital. Posteriormente, Edith Frank fora levada para Auschwitz, na Polônia, onde faleceu.  Já Anne, no auge dos seus 15 anos, e a irmã Margot foram enviadas para Bergen-Belsen, na Alemanha, onde morreram provavelmente em março de 1945, acometidas de febre tifoide.

Esta obra foi publicada pela primeira vez em 1947 pelo pai de Anne Frank, único sobrevivente da família. Tornou-se um dos best sellers mais lidos no mundo até os dias atuais, tendo sido traduzido para mais de 70 línguas.

Como leitora fiquei impressionada com a força de uma narrativa pungente e impactante, que provocou em mim reflexões e inquietações sobre o próprio sentido de estar no mundo. Portanto, recomendo a leitura, porque acredito que este clássico sobreviveu ao tempo e transformou-se em documento histórico de valor inestimável para a humanidade. Além disso, tornou-se um símbolo de resistência e coragem em um mundo repleto de intolerância, racismo e injustiça.   

 

 

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